No último sábado, vivi um momento marcante no Centro Paralímpico de Cáceres, um espaço de transformação para tantas crianças e jovens, incluindo o meu filho, que faz parte deste projeto essencial.
Fui convidada para representar as mães atípicas na visita do Deputado Estadual Lúdio Cabral, um encontro que nos permitiu apresentar a realidade do Centro, falar das atividades realizadas e, principalmente, entregar um documento com reivindicações que podem fazer a diferença na vida dos nossos filhos – e na nossa também.
Além desse documento, entreguei ao deputado o livro “Fortes e Inspiradoras – Histórias de mulheres que transformaram desafios em inspiração”, do qual sou coautora, e nele incluí uma dedicatória especial, escrita como um grito coletivo de todas nós, mães, que lutamos diariamente por um futuro mais justo e inclusivo. As mães assinaram esse texto, reforçando que esta não é uma luta individual, mas uma causa que nos une.
Nossa Voz, Nossa Luta
*”Somos mães atípicas. Conhecemos a alegria de cada pequena conquista e a dor da falta de apoio. Não pedimos favores, mas exigimos direitos. Queremos ser ouvidas. Queremos que os direitos dos nossos filhos sejam efetivados na prática. Queremos que o respeito pelo diferente e pelas diferenças seja tão natural quanto respirar.
Precisamos de acesso a terapias, educação especializada, inclusão verdadeira. Precisamos de políticas públicas que respeitem nossas crianças e que nos fortaleçam como cuidadoras. Pedimos, mas também agimos, e não vamos parar até que nossos filhos tenham o que merecem: dignidade, respeito e oportunidades. Assinamos este texto juntas, porque juntas somos mais fortes.”*
Este momento foi mais do que uma visita institucional. Foi um ato de resistência, de esperança e de luta por mudanças reais. Que esta seja apenas a primeira de muitas portas que abrimos para nossos filhos e para todos os cuidadores que, como nós, dedicam suas vidas a quem mais precisa.
💬 E você, o que acha que pode ser feito para melhorar a vida das crianças e dos cuidadores? Partilha nos comentários!
Creio que o acesso a um salário mínimo ao que nossos filhos tem direito por ser especiais não deveria ser vinculado a renda da família, pois restringe a possibilidade de uma vida melhor, os requisitos para ter um direito exclui outros fundamentais no desenvolvimento, a família tem que ser miserável para poder receber. Como conseguiremos mudar a realidade de um filho com necessidades especiais se não temos condições de suprir o básico.?