Talvez não. Pois no geral optamos por compartilhar coisas engraçadas, mas esta lei para você que é mãe ou pai de um autista, pode fazer toda a diferença, na hora que você está desesperada, para ter um diagnóstico de seu filho e orientação de qual a melhor maneira de agir para que ele possa receber os estímulos certos, de acordo com a idade adequada de seu desenvolvimento.
Há uma estimativa que no Brasil atualmente temos por volta de 2500 neuropediatras, vejam que é um número insignificante, para fornecer os laudos médicos que precisamos. Pois, acredita-se que a cada 36 crianças que nascem, uma é autista. E aqui não estou incluindo as várias outras peculiaridades.
Existem vários profissionais da saúde que podem contribuir com as informações necessárias para se ter um laudo adequado sobre autismo e que são importantíssimos como psicólogo, do fonoaudiólogo, do terapeuta ocupacional, neuropsicopedagogo etc.
Mas, somos nós pais que podemos fazer a diferença, quando não conseguimos ser atendidos por estes profissionais.
Como?
Segundo doutor Thiago, ao fazermos uma lista de 40 a 50 sintomas que nosso filho ou filha estejam apresentando, podemos ir no médico da atenção básica, ou no pediatra que atende nosso filho e solicitar o diagnóstico.
A Lei 13438 de 26 de abril 2017 permite que estes profissionais possam fazer o diagnóstico do autismo. A grande maioria vai dizer não; certamente dirão que não estão qualificados para atender essa demanda. Porém, ao considerar que a Lei existe desde 2017 e que no dia 26 de abril completará 7 anos de existência, todos tiveram tempo suficiente para se qualificar.
Para que as Leis existentes no papel se concretizem, precisamos conhecer, divulgar e principalmente cobrar.
Em abril, acontecem várias ações: palestras, conferências, usamos camisetas ou outros símbolos que representam o autismo. Porém na prática, a inclusão de fato, ainda é insuficiente.
E tudo que é divulgado na mídia como um direito do autista, para nós pais conseguirmos, temos um trabalho quase igual os de Sísifo, pois quando chegamos ao topo da montanha com o documento solicitado, nos fazem voltar porque é necessário mais um. Novamente estamos no topo da montanha, e pensamos que afinal vamos conseguir. Então somos informados de que a redação do documento está inadequada. De vez em quando as forças acabam e desistimos.
Desistir não é uma opção para nós. mães e pais. Sei que os obstáculos, ou como tão bem disse Carlos Drummond ‘tinha uma pedra no meio do caminho. No meio do caminho tinha uma pedra.’ Eles precisam ser superados.
Então ao escalar a montanha para adquirir os direitos de nossos filhos, precisamos aprender a contornar as pedras. Pode demorar dias, meses, anos. Mas quando os desafios são vencidos, construímos trilhas para que as mães e pais que estão começando a jornada, a façam em menos tempo. Pois este é essencial, para o desenvolvimento pleno e a aprendizagem de nossos filhos.
Agora você pode tirar uma cópia dessa Lei e levar para seu vizinho, para a pediatra do seu filho, para o médico do seu PSF, talvez até para o seu secretário de saúde.
Curta, compartilhe e cobre. Seja um agente de transformação.
Conhecimento é poder!!
E muitas vezes não usufruímos desse poder.