Saber que a atividade de cuidar é desafiadora e gratificante, todos sabemos. Ela também exige respeito e amor, para cuidarmos com compaixão do outro. Além disso, precisamos zelar da individualidade e a privacidade da pessoa cuidada.
Mas mesmo quando estamos a cuidar de um ente querido, momentos há que nos cansamos e também nos estressamos. Sem contar aquelas situações que os conhecimentos e recursos que temos já não são suficientes, para atender todas as demandas que surgem.
Diante de circunstâncias assim, precisamos aprender a pedir socorro.
Duas, três noites mal dormidas, fica difícil ter concentração no trânsito.
O cansaço te prega peças, pois você passa a esquecer os compromissos. Você se joga no sofá, até tem vontade de ver um filme na Netflix, mas não tem animo para levantar e procurar o controle. A sua lombar a cada movimento parece trincar.
Então como terá disposição para fazer atividade física?
Meu conselho: não deixe chegar a uma situação extrema. Peça ajuda para:
FAMILIARES, dívida as tarefas de casa, pois é impossível você sozinho dar conta de tudo.
Principalmente quando a pessoa cuidada já não é mais capaz de realizar nenhuma atividade sozinha.
AMIGOS, um dedo de prosa ajuda, uma hora de cuidados para você ter uma pausa, uma casa varrida, uma roupa recolhida e dobrada. Um almoço então, chega a ser quase uma festa.
COMUNIDADE, tenho necessidade de acreditar que todas as comunidades pensam em ações que possam acolher e dar atenção aos seus idosos, que fazem parte da memória do lugar.
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE. Pois parte dos cuidados que um idoso precisa, necessita de orientação adequada. Aprendi recentemente, com uma amiga enfermeira o jeito certo de movimentar uma cadeira de rodas.
AOS PODERES PÚBLICOS, que ainda não perceberam o número crescente de pessoas a envelhecerem, criar políticas públicas para que o idoso tenha saúde de qualidade, fisioterapias para garantir maior autonomia e direito a cultura e lazer.
Na oportunidade solicito um curso para a Secretaria de Saúde sobre quais os procedimentos corretos para movimentar uma pessoa acamada, dar banho e a forma correta de fazer curativos. Tenho certeza que facilitaria muito a vida de quem é cuidador e nunca teve nenhum treinamento para exercer esta função.
Ou quem sabe um disque socorro que a gente pudesse ligar e a pessoa do outro lado nos orientar.
Fica a dica.
E, lembre-se sempre. Você, que cuida precisa e necessita dos mesmos cuidados, que a pessoa cuidada recebe. Mas ninguém irá oferta-los. Construa-os.
Para você ser um cuidador eficaz e compassivo, precisa cuidar de si mesmo. Cuidando da alimentação, fazendo exercícios físicos e tendo momentos para relaxar.
Aprenda a pedir ajuda, quando precisar e jamais esqueça que o ato de cuidar é importante e muito valioso.
E, no final, sua consciência tranquila por ter feito tudo que podia, tem um valor incalculável.
Sucesso amiga, somente com muita persistência é possível fazer às pessoas e o poder público enxergar a necessidade do cuidador. Deus te abençoe sempre
Muito bom Prof. Cícera! Realmente se o cuidador não se cuidar ele logo precisará de cuidados. Na verdade todos nós precisamos ser cuidados. Vamos uns cuidar dos outros?