Olhar de esperança

Hoje me peguei olhando para o céu e cheia de esperança por dias melhores.

2024 foi um ano de conquistas maravilhosas e também de despedidas. E temos por mania quando pensamos em coisas agradáveis ou elevadas olhar para cima. Logo, a ideia de céu e de Deus sempre nos faz olhar para cima e esta prática me encanta pela oportunidade de apreciar as diferentes tonalidades de cor que o céu nos oferece, de graça. A única coisa que precisamos fazer é apenas olhar.

Final de ano a gente se pega fazendo um balanço do ano. O que deu certo. O que não deu. Como resolver as dificuldades financeiras. E a grande maioria se pega a pensar como ter uma nova fonte de renda. Caso você já tenha passado dos 50 e não tenha qualificação profissional, talvez a alternativa seja investir em algo pequeno. Faça uma análise daquilo que você sabe fazer e lhe traz alegria. Ou talvez seja o momento de um curso profissionalizante.

Para você que já viveu meio século. Muitas vezes, fazendo o que era possível de acordo com as necessidades. Agora se permita fazer algo que o faça feliz. Talvez tudo que você precisa é de uma renda extra para complementar a aposentadoria. Que o novo ano lhe permita novas conquistas.

Eu, como mãe de um jovem de quase 22 anos com Síndrome Doose e Autismo e que não se encaixa em nossa sociedade, que não foi alfabetizado e, portanto, não está na faculdade e, também não está apto a trabalhar.  E a única atividade diferente é ir no Paralímpico 2 vezes por semana.  Espaço em que percebo que todos se esforçam para a inclusão acontecer, na verdade sou muito grata por ter este espaço aqui em Cáceres.

Por outro lado, acredito que outros espaços podem ser construídos visando um ambiente que ofereça atividades práticas, culturais, e de lazer para estes jovens. Até porque enquanto mãe, ao não poder pagar alguém para lhe fazer companhia em casa, sou obrigada a ficar em casa. E esta é a realidade de muitas mães.

Embora muitos não percebam, o cuidar constante nos deixa exauridos, sem contar aquelas situações que, graças a Deus, nossos filhos não percebem que estão sendo excluídos e descartados, mas nós sabemos e o sentir é dolorido. E muitas vezes adoecemos. Está semana vivi uma experiência assim, no meio da tarde, minha garganta começou a doer, fiquei rouca e quase sem voz. E nunca a frase “quando você cala, o corpo fala” fez tanto sentido.

Então, minha esperança para 2025 é de que o acolher as pessoas com deficiência seja verdadeiro com amor e respeito, afinal na semana de natal, acredito eu que todos que celebraram o Natal receberam um revestimento de amor incondicional. Que este amor se estenda as ações de todos.

Ah! Algo importante. Quando você se permitir conviver com o diferente, terá a oportunidade de ver o mundo sem filtros.

Que 2025 chegue repleto de esperança, na realização de sonhos e projetos para transformar vidas.

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