Pedro, pedra e gentileza

Semana tumultuada

na terça-feira à noite

Pedro de dor no ombro, reclamou.

Quarta-feira de manhã, mancava do pé direito,

hora do almoço, febre alta e dor na barriga.

No período da tarde deixei meu pai

 na casa da minha irmã

e começou a romaria.

UPA, na triagem

sintoma de dengue,

encaminha-se para o CEM.

Após consulta

uma injeção para conter a febre

pedidos de exame de sangue,

receita e a recomendação.

Muito liquido e soro.

Não o deixe se desidratar.

Medicamento de epilepsia:

PARAR.

No outro dia, muita febre.

 exame, resultado e consulta.

Ainda bem que o médico

sua garganta olhou,

tarefa complicada.

Novos pedidos de exames,

sangue coletado,

mais uma injeção.

Sexta-feira

resultados de exames,

algumas alterações.

Um soro.

Um Pedro abatido,

mas sendo pedra

e de nada reclamando.

E Pedro gentileza,

 a enfermeira que a veia lhe pegou,

 ‘você tem mão boa,

não doeu’.

E ela retribuiu a gentileza

com um belo sorriso.

Enquanto seu soro tomava

repetia ‘Estou na Paraíba

tomando água de coco’.

E nesses três dias

Prostrado na cama

 ficou.

Sua caixinha de som

silenciou,

percebi que a alegria da casa

 é ele pra lá e pra cá, na área.

 a caixinha de som

colado ao ouvido,

no último volume.

O silêncio anunciou

que havia algo a acontecer,

 a vizinha veio se informar.

Como é bom alguém se importar!!!