Fomos homenageadas no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, na Câmara Municipal de Cáceres, por iniciativa do vereador professor Leandro. 15 mulheres representaram vários segmentos da sociedade. Eu estava entre as 15 que ocuparam a Tribuna com direito a falar, representando todas as mulheres.
A escolha do lugar de fala foi tarefa difícil, pois sou professora, cuido do meu pai idoso, tenho um filho com epilepsia e espectro autista, além de fazer parte do grupo de mães de Cáceres. que têm filhos e filhas autistas.
A minha pergunta era qual a mulher de Cáceres que poderia falar sobre ela e todas as outras mulheres, seriam contempladas? Pois, perceberiam que temos um pouquinho dessa personagem em nós.
Quando escolhi a personagem Aninha Bananinha, figura tão conhecida por contadores de história e por muitos moradores de Cáceres, que até tem uma escultura lá na Sicmatur. Sei que muitas mulheres não se sentiram representadas, afinal peguei uma personagem que faz parte da memória do povo Cacerense, não da história oficial. Mas era alguém que era diferente e vivia à margem da sociedade.
Como mulheres, somos tantas vezes Aninha Bananinha, como tão bem disse a vereadora professora Mazeh, que muitas vezes não é ouvida pelos colegas vereadores.
Professora Nilce fez uma bela fala sobre a importância de ocuparmos todos os espaços políticos e de nos ajudarmos umas às outras enquanto mulheres. A Gení representante de religiões de matrizes africanas externou sua alegria por estar num espaço público e poder falar de suas crenças, sem discriminação, como mulher negra,
Algumas mulheres falaram de seus desafios e conquistas, em espaços nos quais muitas vezes somos cerceadas e tolhidas pelos homens. Outro tema lembrado foi o grande número de mulheres vítimas de feminicídio.
O vereador Professor Leandro falou sobre a importância do papel transformador da mulher na sociedade. Mas meu encanto foi observar que dentre as mulheres homenageadas estava sua mãe e uma professora do primário. Respeito pelas mulheres que vieram antes e valorização das raízes. Exemplo de simplicidade. Tão necessário na sociedade atual. Pois muitas vezes o ter parece valer mais que o ser.
Parabéns Leandro, pela iniciativa de homenagear as mulheres de Cáceres. Cada uma de nós, ali presente, falamos e representamos tantas outras de diferentes espaços.
Ao estarmos lá, também lembramos de tantas outras mulheres que lutaram grandes batalhas e venceram grandes desafios. Porém, ainda encontramos homens que quando estão conversando com outros homens, manipulam a conversa, ignorando a nossa presença e principalmente nossas falas.
Durante o evento algumas mulheres disseram que gostaram do conforto da tribuna. Espero que a gente tome consciência que ali na tribuna é um lugar confortável, de direito a fala e de tomada de decisões que interferem na vida de todos os munícipes.
E para que estas decisões façam a diferença certa na vida de mulheres e homens, precisamos ter um maior número de mulheres compondo a tribuna da Câmara Municipal.
Afinal, as mulheres, com sensibilidade multiplicariam mais ações pautadas em respeito, humanização e cuidado. Elementos faltosos para a construção de políticas públicas que olhem e de fato vejam as minorias.
Homenagem justa a você e a essas mulheres de cáceres que representam as mulheres do mundo 🌎! Parabéns amiga por essa presença no mundo 🙌👏👏👏👏
Flavio, obrigada.
Parabéns por ocupar todos os espaços possíveis para falar…
Kelem, ao ocupar esses espaços ganho consciência, a qual desejo compartilhar com todas as mulheres.
Mulheres q escrevem a própria história e a história da cidade. Dessas valorosas cabeças e mãos saem o sustento de famílias, a doação diuturna, o amor incondicional. Aprendo muito com cada uma. Parabéns a todas q se doam pelo outro!!
Professora Olga, é um ato de coragem registrar a própria história ou dar visibilidade aos excluídos.
Parabéns! Que a mulher seja lembrada e respeita todos os dias. Muito justa sua homenagem à Aninha Bananinha , porque era diferente e ousava usar maquiagem 💄 e se enfeitar , mostrando que mesmo com críticas, ela se arrumava com estilo próprio. Parabéns, Cícera! Continue sua luta e poder de fala/escrita que sintetiza o grito das excluídas. Um viva às mulheres todos os dias.
Jane, viva a todas as mulheres que de vez em quando são Aninhas Bananinhas, por uma infinidade de motivos.
Parabéns Cicera, sempre!!!Tens minha admiração e respeito…Sem dúvida represtou e representa mto bem a mulher real, a mulher que luta diariamente…E viva a mulher!!!!!!
Elenice, parabéns para todas as mulheres que ajudam a construir um mundo mais humanizado e amoroso. E aos homens que ajudam a consolidar estas possibilidades.