Uma reflexão sobre o abandono que o envelhecimento escancara Fui ao cinema com amigas — todas mulheres a viverem “a melhor idade”, bem resolvidas, alegres, com autonomia e vida social ativa. O filme era O Último Azul. E foi impossível sair da sala sem um peso: enquanto algumas vivem a maturidade como celebração, outras a …
O Último Azul — Entre o Direito de Viver e a Realidade de Sobreviver Leia mais »
[Foto de cacho de flores de ipê-rosa com raios de sol atravessando as folhas – símbolo de resistência no mês de agosto] Em agosto, as flores rosas do ipê rompem o cinza da seca.Como nós — que também florescemos na resistência.Este é o nosso verso. Somos Mais Lilás Somos mais, somos muitas,mais feridas, mais sabidas,mas …
Somos Mais Lilás, Agosto floresce resistência — em cor, em verso, em coro Leia mais »
Quando Pedro dança, algo raro acontece.É como se o corpo, que por tanto tempo foi campo de batalha, se tornasse palco. Há épocas em que Pedro fala com os braços — não por metáfora, mas por instinto. Quando está nervoso, leva o braço direito à boca e morde com força. A pele, naquele ponto, ficou …
Em 1549, Étienne de La Boétie escreveu o Discurso da Servidão Voluntária. Lembrou-nos que os grilhões não são de ferro, mas de hábito. Hoje, séculos depois, os grilhões mudaram de forma — chamam-se indiferença, discurso vazio, silêncio cúmplice. Na Câmara Municipal, vereadores alegam ignorar o aumento de crianças autistas. Não é ignorância. É escolha. E …
“Não é desconhecimento. É surdez escolhida. Não servirei.” Leia mais »
Quando se fala em autismo, a mídia e as redes sociais costumam destacar as histórias “inspiradoras”: jovens com habilidades extraordinárias para cálculos, música, programação ou memória fotográfica. São narrativas bonitas, mas perigosas — porque criam a falsa impressão de que todo autista pode, ou deveria, ter um talento raro pronto para o mercado de trabalho. …
O que não se vê no brilho das habilidades especiais Leia mais »
