Caridade foi um dos temas sobre os quais o padre falou na homilia da missa de domingo. Sobre a importância de a praticarmos. Enquanto ouvia, pensava nas belíssimas obras de artes existentes no Vaticano e o quanto é difícil viver esperando pela caridade do outro.
E, a não ser que a família seja rica, aqui em Cáceres, nós mães e pais de filhos e filhas com espectro autista ou de qualquer outra deficiência, vivemos em constante espera de caridade. O mais cruel é que gritamos por ajuda, socorro e um pouco de caridade.
E, no geral não somos ouvidos.
E, fazemos isso o tempo todo: família, vizinhos, amigos, profissionais da educação, profissionais da saúde e aos nossos queridos representantes políticos, pois de forma iludida, demos a eles um voto para nos representar, num cargo em que juraram defender nossos direitos e, muitas vezes, após a eleição sequer conseguimos que atendam uma ligação, que dirá tomar alguma atitude a nosso favor ou de nossos filhos!
E, nesse estado de constante espera pela caridade que nunca chega, vemos terminar um mandato e começar outro, de vez em quando sabemos que estamos sendo usados, mas ainda assim comparecemos à Câmara Municipal, pois nos foi sinalizado que um novo projeto contemplará algumas das necessidades de nossos filhos autistas.
Percebo que por mais desacreditados que estejamos, ainda há em nós um pequeno sopro de esperança para que dessa vez seja de verdade, e aquele projeto se efetive na prática.
Porém, passado algum tempo, percebemos que foi só uma bandeira política para justificar que se fez alguma coisa pelo povo, durante o tempo que se passou na Câmara Municipal.
Na verdade, não necessitamos de caridade, pois são direitos garantidos na Constituição. Precisamos reaprender.
E assim, aqueles que foram eleitos, deveriam exercer com respeito e dignidade o cargo recebido pelo voto de cada cidadão que acreditou neles.
Tire um tempo para verificar se o seu candidato e todos os outros que foram eleitos, estão realizando um trabalho útil a população Cacerense. Caso não tenham feito nada para contribuir com a qualidade de vida e bem-estar dos eleitores, não merecem ser reeleitos.
E, aqui vai uma dica de ouro: os adultos potencializam as características construídas na infância e juventude. Portanto, aos novos candidatos que chegam, caso não tenham feito nenhum trabalho social quando adolescentes e jovens, dificilmente o farão na vida adulta, como político. Pois o olhar humanizado é desenvolvido desde a nossa infância. Nos pequenos gestos do dia a dia.
E será essa humanização que permitirá aos nossos políticos praticarem um pouco mais de caridade e respeito à vida de cada eleitor, como um bem precioso.
Dessa forma, nosso voto não deve ser para o parente, o amigo ou o cara desonesto que compra seu voto com um sacolão. Mas para aquele com projetos que vai além do voto na Câmara. Pois, acompanha o processo de execução e constrói políticas públicas para garantir a permanência destes, após seu mandato.
E sonha com a construção de um mundo melhor, para todas as pessoas
É para esse cidadão que devemos dar o nosso voto.
E, nos dias atuais é raro encontrar um assim. Porém, ao ocuparmos os espaços políticos de nossas comunidades podemos ajudá-los a se construírem e se manterem íntegros como políticos e cidadãos. Aliás tarefa árdua e difícil na atualidade.
E, por caridade. Por favor, mais políticos honestos, Senhor!!!
Que nós estejamos atentos ao outro. Que sejamos mais empáticos e mais coerentes com nossos votos.
Kelem, quando todos tivermos a noção exata da importância do nosso voto, as politicas publicas serão pensadas para todos.
Ter um olhar por hj nos pequenos e amanhã nos adultos, se nossos políticos fizessem isso se colocariam no lugar dessas pessoas q são carentes quem sabe as tais politicas publicas fariam sentido na vida de alguém
Alexandra é necessário a união da população para que políticas publicas se efetivem.
Parabéns Prof. Cícera pela reflexão! Infelizmente na maioria das vezes a caridade fica só no discurso. OBS. Nem todos que discursa sobre a caridade são hipócritas. Oro para mais pessoas sejam sensibilizado pelo seu texto e até mesmos pelo discurso dos hipócritas.
Edir. que assim seja.
A caridade é como o altruismo, são conceitos com energia reversa criados para reduzir o Amor que não pede reconhecimento nem dá pena.
Não vêm da compaixão nem da empatia verdadeira que é aquela que nos faz ver no outro e por isso nos impele a agir em vez de reagir… Fazer aos outros o que gostariamos que nos fizessem a nós, essa é a ação da compaixão verdadeira. Esse é o Amor que Jesus pediu à Humanidade!
Quando nos vemos no outro o Amor que queremos é o Amor que damos, não esperando que alguém para além de nós o possa pôr em prática… Namasté ( eu reconheço-me em ti).
A Força está em ti, falta a coragem de não desistir e a vontade de fazer porque não há a quem pedir…
Fernanda, o tempo pede ação com compaixão sempre. a gente que esquece. Obrigada por lembrar.