Eis uma pergunta que pode ter uma infinidade de respostas. Mas, hoje quero refletir com aqueles que dizem, até ficar bem velhinho(a).
Para estes, a minha pergunta é: Como você tem cuidado da sua saúde física, mental, espiritual, financeira e social?!
Vou me valer aqui de um ditado popular. “Você já começou a construir seu pé de meia?”
Para ter condições de pagar um plano de saúde, que quando envelhecemos o valor fica exorbitante.
Caso não tenha cuidado da saúde física e mental, também precisará de cuidados 24 horas por dia. Isso significa que precisará de um cuidador. E neste caso se a sua aposentadoria for um salário mínimo não será suficiente. Ah, mas ainda falta incluir aqui medicamentos, fraldas e em alguns casos alimentação diferenciada.
Outro item também muito importante são as fisioterapias, momentos de lazer, a construção de laços de amizades duradouros, bem como aprender a fazer novos amigos. Pois muitos vão partir antes de você.
Admiro muito quem tem uma fé inabalável, e entrega tudo nas mãos de Deus.
Por outro lado, penso que se ficarmos atentos a vida de nossos pais, que envelheceram sem prestar atenção a esses detalhes mínimos, até pelas circunstancias em que viveram suas vidas. Sempre a trabalhar para dar conta do mínimo, que era colocar alimento na mesa para nós e nos oportunizar termos um teto para dormir. Eles não tiveram a oportunidade de descanso verdadeiro e lazer. Também não passaram pela experiência de ver seus pais envelhecerem, pois muitos morreram jovens. Por doenças que hoje, se nos cuidarmos, temos garantida da nossa longevidade.
Então, para todos aqueles que, assim como eu, estão “cansados” pelo cuidado constante aos pais, que possamos ser fortes e agradecermos o grande aprendizado que é, bem como nos perguntarmos:
O que eu faço a partir de agora, para envelhecer com saúde, leveza e lucidez?!
Como ser feliz e sorridente, para que as pessoas queiram estar por perto?!
Talvez essa seja a maior das construções: envelhecer com alegria. Para ela ser um elemento agregador de pessoas e gentileza. Pois envelhecer sozinho é bem difícil, precisamos de pessoas para compartilharmos as histórias vividas e pessoas para construirmos novas histórias.
Quando não alimentamos relações amorosas, ao envelhecer corremos o risco de sermos visitados pela solidão.
Como está sua relação com parentes, vizinhos e amigos? Você tem investido tempo para mantê-los por perto?
Na velhice, um dedo de prosa e um abraço de um amigo distante, que vem te visitar e tomar um café contigo, tem um valor não quantificável em dinheiro.
Por várias vezes, já vi meu pai com lágrimas nos olhos, de alegria. Ao receber amigos de toda uma vida. Porém aos noventa e seis anos de existência, estas visitas tornaram-se raríssimas.
Portanto, cuidem de suas amizades e aprendam a fazer amigos de diferentes faixas etárias. Além de todos os cuidados que elenquei acima que precisamos ter, os amigos são essenciais.
E é um aprendizado realmente necessário. A prevenção/previsão para o futuro… assim como a essencialidade das amizades…
Kelem, ao cuidarmos de nossos pais, acredito que seja um aprendizado, para envelhecermos com sabedoria. E seremos amigas sempre.
Parabéns Cícera por nos proporcionarmos esta reflexão. Vamos pelo mesmos caminhos de nossos pais preparados ou não. Vale a penas refletirmos e fazermos o nosso melhor.
Bom dia. Hoje em dia fica difícil. Antes fazíamos mais visita. Com o celular vc fala. Com a covid acabou os abraços. Com o Alzheimer. Acaba ainda mais esse ele de amizade. E quando a lembrança do passado foi de fingir ser bom . Na velhice não consegue mais. Jesus eu não tenho marido nem filho tomara que o fim da vida lúcida. Porque sou bem difícil de conviver e quase sem amigos.
Parabens Querida! Excelente reflexão nas suas linhas…minha admiração!
E a maioria de nós já vivemos meio século…
Cristiane, que a gente possa viver os próximos anos, com muita sabedoria e alegria.
Bom Dia Rosemar gostaria de conhece-la
Rosemar, você não tem filhos nem marido, mas faz o que gosta. Então você envelhecerá de forma saudável e lúcida.
Penso que o indespensável é não ter expectativas de vida e como vc diz cuidar de não ficar velho dentro da cabeça para não ficar velho no corpo. Por vezes a vida no seu dá e tira, não te dá possibilidades de fazer o tal “Pé de meia”que seja permanente . O que hoje pode dar para pagar os cuidados numa residência sénior não serão os mesmos daqui a 27/30 anos. O meu pai fez um “Pé de Meia” a pensar nos dois e projetou no futuro que foi em 2016 e aos 87 anos, se não tivesse falecido, todo o valor não chegaria para os cuidados de qualidade que alguém com Alzheimer precisa. A vida é uma constante mudança e o que precisamos fazer é preservar a vida fisica, mental e espiritual em condições de o nosso corpo não ter de envelhecer desvitalizado e incapaz… para podermos cuidar de nós e dos outros…
Fernanda, que a criança que existiu em nós um dia, possa resplandecer sempre.
A amizade é um sentimento que nutre nossos momentos quando pensamos que estamos sós! Amizade verdadeira! Um abraço amigo é como um remédio para uma dor, porém, não sendo amargo. Cicera , trazer esse ponto para reflexão é muito bom pois nos faz pensar como devemos, a cada dia, alimentarmos esse bem-querer.
Guilherme, que todas as nossas amizades possam ter sabor de mel.
Bom Dia Cicera sua reflexão me faz lembrar que temos muitos conhecidos mais amigos conta-se nos dedos, penso que hoje qualquer pessoa pode se tornar nosso amigo, claro tem os bem antigos mas que por um.motivo ou outro se afastaram, novos são tão bons quanto. Outra coisa para ser Feliz sorridente, não para que as pessoas estejam perto mas para que se sintam bem ao seu lado creio que estar bem espiritualmente com Deus no coração faz muito bem para nós e reflete no outro.
Benice, realmente precisamos cuidar de todos os aspectos de nossa vida.
Excelente reflexão, porém atualmente está cada dia mais difícil manter uma interação com os amigos. As pessoas pouco se visitam, principalmente depois da pandemia. Elas não têm paciência nem para receber ligações telefônicas, preferem mensagens. Só não para para pensar que quando envelhecerem desejaram receber uma visita, um afago, um olhar cheio de carinho e compreensão
Precisamos começar a refletir sobre como queremos envelhecer. E principalmente aprender a alimentar as amizades.
Excelente reflexão Cícera! Aproveito a oportunidade para recomendar a leitura do último livro da Dra. Ana Cláudia Quintana Arantes, o livro: Pra vida toda valer a pena viver. Fantástico! Conseguiu ser melhor do que o primeiro, o livro: A morte é um dia que vale a pena viver! Que também muito me encantou. Os dois são ótimos, leiam. Têm tudo haver com esse texto.
Rosimar, os livros da Drª. Ana Claudia são ótimos.