Na última quarta-feira, me tornei imortal.
Não no sentido grandioso da palavra, mas no mais bonito e humano: permanecer nas histórias, nas palavras e na cultura que a gente ajuda a construir.
Foi minha posse na Academia Litero-Cultural Pantaneira de Poconé – ACADEPAN. Uma noite que ficará guardada entre as memórias mais queridas.
E o mais bonito: eu não estava sozinha.
Na mesma noite, outras quatro mulheres tomaram posse.
Cinco mulheres. Cinco histórias. Cinco formas de olhar o mundo e de tecer sentimentos.
Dividir esse momento com elas foi um presente.
Senti falta da minha madrinha Maria Madalena, mas ela foi muito bem representada pela professora Zita.
O presidente da Academia, Fernando, destacou a força daquele momento: cinco novas vozes, cinco novos caminhos, ampliando o coro de quem constrói cultura no Pantanal.
Walney Rosa, um dos fundadores, lembrou o marco: com aquelas posses, a ACADEPAN chegava a 40 cadeiras ocupadas. Um número que simboliza a consolidação e o crescimento dessa instituição que abraça tantas formas de expressão.
A ACADEPAN tem essa beleza: ela abraça todas as formas de cultura. Ali, cada cadeira é ocupada por alguém que carrega um pouco do Pantanal dentro de si, de um jeito único e verdadeiro.
E, para minha alegria, tive ao meu lado pessoas muito especiais.
Maria de Lourdes, com sua generosidade que sempre chega junto nos momentos importantes.
Kelem, minha amiga de infância, que conhece as estradas e atalhos da minha vida como poucas pessoas.
Paulo, que é a gentileza em forma de gente, sempre com um sorriso pronto e um cuidado genuíno com todos ao redor.
E, claro… Pedro Henrique, meu filho.
Ele, com sua bravura discreta, atravessou o tempo longo da cerimônia com uma paciência que só ele tem. Um gesto de amor silencioso que guardo com ternura.
Naquela noite, enquanto recebia o diploma, senti o peso e a leveza desse compromisso. O que tenho para oferecer à Academia é o que sempre tive de mais verdadeiro: minha escrita.
Que ela sirva como agradecimento, mas também como contribuição.
Que minhas palavras encontrem espaço nas ações, projetos e sonhos da ACADEPAN.
Uma noite de encontros, de afetos e de celebração da cultura pantaneira em todas as suas formas.
Um lembrete delicado de que, mesmo em tempos de pressa e distração, ainda existem lugares — e pessoas — dispostas a construir o que permanece.
Parabéns Cícera! Você merece todo esse reconhecimento! Te admiro muito!