Carta aos candidatos

Prezados(a) Senhores(a),

É com imensa alegria que hoje me dirijo a todos os candidatos a deputados estaduais, federais, senadores, governadores e presidentes o motivo da minha alegria é que após essa carta nenhum de vocês em qualquer canto do Brasil poderá alegar falta de conhecimento das dificuldades que passam as pessoas com deficiência e suas famílias. Não importa qual o tipo de deficiência, sabe, porque na maioria das cidades brasileiras nada é pensado para os deficientes.  As calçadas são inadequadas, falta rampa na maioria dos lugares, as ruas são esburacadas e quase não há banheiros acessíveis.

Aqui também incluo os idosos com dificuldade de locomoção, lembrando que a maioria das atividades ofertadas para idosos é pensada para aqueles que têm condições de ir e vir. Sendo subtraído aos demais idosos continuar tendo vida social.

Faz se necessário acrescentar o quanto é precário o atendimento médico especializado para idosos e deficiências mentais.

Um bom exemplo são as crianças com espectro autista, que se fossem diagnosticadas na fase certa e recebessem o tratamento e as fisioterapias adequadas e necessárias, poderiam quando adultas, terem uma vida boa e estarem inseridas no mercado de trabalho.

Infelizmente, perdemos uma boa parte do tempo a reivindicar direitos que no papel já existem, porém na prática não se efetivaram.

Estamos cansadas   de na época de campanha a saúde, a educação e trabalho serem bandeiras de todos os candidatos.

Agora queremos que nossos filhos com deficiência tenham direito a: saúde e educação.  Assim desenvolverão as aptidões possíveis, para terem trabalho. Mas estamos reivindicando também, o direito deles à cultura e lazer.

Que todas as deficiências possam constar no Censo do IBGE, afinal a linguagem dos números parece ser mais convincente para muitos.

Então, senhores candidatos, espero que em seus projetos a palavra inclusão se transforme em ação.

Outra coisa que não me causa preocupação é a qual partido vocês pertençam. Sabem por quê? O imposto que pagará vossos salários será de todos os brasileiros, independente do fato de terem votado ou não nos senhores.

Portanto, vossas ações deveriam ser pautadas em oferecer à população qualidade de vida com equidade.

Que Vossos Mandatos sejam: “justo, bom, belo” e principalmente humanizados.

PS

Proposta 1:

Regulamentação da Lei federal 12.764. Lei Berenice Piana. Esta lei coloca em seu parágrafo único que o aluno autista, quando comprovada necessidade, terá direito a acompanhante especializado.

O MEC recomenda que o profissional capacitado para definir, quando se faz necessário o acompanhante é o professor especializado em educação inclusiva, da sala de recursos.

Então na falta desse profissional, um psiquiatra, que acompanha a criança, pode fazer a recomendação. E, na falta desse profissional, então que o pediatra que acompanha o aluno, faça a solicitação.

Ainda sobre a regulamentação da Lei 12.764, em nosso estado, seria interessante também deixar regulamentado que a especialização dos acompanhantes dos alunos autistas seja uma capacitação em métodos com comprovação científica, voltados para a prática de intervenção comportamental desse autista, tal como o método ABA.

Estabelecer em lei que 10% da receita da educação seja utilizada exclusivamente para educação inclusiva. Desses 10%, que até 3% possa ser usado para celebrar convênios com instituições que desenvolvam trabalhos de contemplação pedagógica e terapêuticas.

Proposta 2

Criação de um cadastro de autistas. Todos os municípios devem fazer um levantamento anual sobre os autistas do município, para a manutenção de um cadastro. Essa lei se faz necessária para que se possa fazer estudos e políticas adequadas a esse público

Proposta 3:

Fazer uma lei autorizando o poder executivo a criar os centros de apoio para os autistas, em convênio com os municípios.

Nesses centros serão ofertadas terapias específicas para essa população, atividades desportivas adaptadas e um setor   de apoio a inclusão desses autistas no mercado de trabalho.

Para os autistas que não foram inseridos no mercado de trabalho, deve funcionar o Centro/dia. Assim eles vão estar num ambiente para potencializarem suas habilidades, enquanto a família desse autista exercem suas atividades, inclusive profissionais,